Publicado: 24 de Outubro de 2013 em:

Dave Draper Sobre Esteróides

Muitas vezes me pergunto se haveria essa proliferação de fisiculturistas de hoje se esses otimizadores de performance não estivessem disponíveis para fazer os músculos crescerem mais rápido e mais forte, eliminando o tempo, esforço e sofrimento necessário para ganhar músculos de verdade.
Esteróides basicamente alteram a ação hormonal do corpo e melhoram a capacidade do corpo de utilizar proteína de forma mais eficiente para a reparação tecidual rápida. No entanto, essas atividades induzidas quimicamente fornecem uma longa lista de efeitos colaterais de perda de cabelo a acne, de insuficiência cardíaca a doença hepática.
Usando esteroides, o compromissos com isso deve ser muito sério e deve ser cuidadosamente considerado seu uso. No entanto, a vontade – o ego – é tão forte que os efeitos colaterais muitas vezes são desprezados. O estilo de vida egoísta de hoje em dia, faz com que os usuários vejam somente os efeitos favoráveis, e, esperem sempre pelo melhor dos efeitos, assim, mergulham de cabeça em um uso de drogas descuidado.
Os riscos envolvidos com o uso de esteroides anabólicos androgênicos não são somente acne ou queda de cabelo. Se você é um fisiculturista comprometido e gosta de desfrutara a essência da independência e liberdade na sua vida, você pode certamente considerar em perder tudo isso. 
 
Os esteroides são insidiosos e comumente causam dependência psicológica, bem como dependência fisiológica. Quando você está em um ciclo usando aditivos químicos, os pesos sobem muito mais fácil, é fácil ter um bom bombeamento muscular, e também são bombeados seu ego e entusiasmo. Mas quando sai do ciclo químico, e o corpo se normaliza, o inverso ocorre inevitavelmente. O atleta ou o cara da academia ficam em depressão e desesperança, e chegam a um comportamento social radical de cessar o treinamento por completo. De se isolarem. Esta é uma situação muito triste e pouco saudável de fato, e em silencio assola muitos fisiculturistas jovens de hoje.
 
Quando tomar qualquer medicação, a supervisão de um médico, através de testes de sangue e acompanhamento e estatísticas vitais é essencial. Os esteróides não são mais legalmente prescrito para atletas para melhorar suas habilidades físicas, os médicos não são capazes e dispostos a fornecer a necessária supervisão. O mercado negro é cheio de medicamentos falsos com ingredientes suspeitos e preços altíssimos. O que temos é uma abundância de toxinas ilegais de permeando a musculação e o mundo dos esportes, atrapalhando os atletas jovens e experientes.
 
É curioso ouvir de todos os níveis de musculação, dos participantes, bem como dos espectadores, que em uma linha de competição, lineup, no palco, que hoje em dia todos os concorrentes partilham uma semelhança notável – exceto para a cabeça e altura – há muito pouca diferença entre um e outro, com os músculos exagerados já não parecem ser músculos reais construídos ao longo de uma vida. Zabo, o pai da Muscle Beach na década de 50 e hoje o “chefe” da World Gym, em Venice, chama de “corpos do filme Starwars, vivendo em um mundo de fantasia.”
Eu tinha 10 anos de treino, 113kg e já era Mr. América antes dos esteroides entrarem em cena. Eu usei com moderação, sob supervisão de um médico e notei melhora acentuada na minha musculosidade e separação muscular. Notei também uma acentuada perda de melhoria quando eu parei de usar, e aí está o grande problema.
Fisiculturistas jovens, se você quer tomar esteroides, não o faça. Se você fizer isso, você vai desejar nunca ter feito. Eles vão correr as bases do que você está tentando construir antes mesmo de começar a construir. Para você, profissional, bem… Você está com o peso nas costas, e você sabe como guarda-lo e onde o rack está.
Tradução e adaptação: Gabriel Ortiz
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Gabriel Ortiz

Gabriel Ortiz, fisiculturista natural lifetime, ou seja, nunca utilizou esteróides anabolizantes ou doping pela WADA. Compete no Brasil e Estados Unidos. Formado em Educação Física, atua como treinador em Brasília, já preparou e prepara vários atletas, inclusive premiados com o título 'Pro Card' pela ANBF em Dez/16 nos Estados Unidos e musa 'Diva Fitness' em 2017 pela WBFF. Redator e colunista desde 2006, cunhou o termo "Preconceito Muscular".

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Anônimo
Anônimo
10 anos atrás

Ótimo texto

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